quarta-feira, 8 de junho de 2016

A INFLUÊNCIA DO JEJUM NO COMPORTAMENTO DO MUÇULMANO.


✅A Influência do Jejum no Comportamento do Muçulmano

Louvado seja Allah, Senhor do Universo, Que abriu, durante o mês de Ramadan, as portas do Paraíso, e tornou o jejum e as orações noturnas durante este mês um escudo contra o Fogo Infernal. Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros. "Ó Allah, Soberano do poder! Tu concedes a soberania a quem Te apraz e a retiras de quem desejas; exaltas quem queres e humilhas a Teu bel prazer. Em Tuas mãos está todo o Bem, porque só Tu és Onipotente. Tu inseres a noite no dia e inseres o dia na noite; extrais o vivo do morto e o morto do vivo, e agracias imensuravelmente a quem desejas". Presto testemunho de que Mohammad é  Seu servo e Mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores, amém.
O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) narrando o hadiss Cudsi, em que Allah disse: "Todo ato do filho de Adão é dele, menos o jejum. Ele é Meu e Eu recompenso por ele. O jejum é um escudo. Se alguém estiver jejuando, não deverá dizer obscenidades, nem se irritar. Se alguém discutir com ele, deve dizer-lhe: 'estou jejuando'. Por Aquele em cujas mãos está a alma de Mohammad, no Dia da Ressurreição, o cheiro da boca do jejuador será mais agradável para Allah do que o cheiro de almíscar. O jejuador tem duas alegrias, quando quebra o jejum ele fica satisfeito com a quebra do jejum, se morrer, seu Senhor fica satisfeito com o seu jejum."
Aqui uma pergunta se faz: Por que especificamente o jejum  pertence a Allah, quando os outros atos de culto são também dedicados a Ele, como a oração, o pagamento do zakat e a peregrinação? É porque todos os outros cultos são praticados perante as pessoas, eles abrangem algo que não é dedicado a Allah. O jejum, porém, é praticado em segredo, distante dos olhos das pessoas. A pessoa consegue comer, beber ter relações com a esposa, sem que ninguém o veja. Porém, ela se abstém disso, por amor a Allah, o Senhor do Universo. Por isso, Ele tornou a recompensa pelo jejum, condizente com a Sua generosidade.
O hadiss também  nos informa que o jejum é um escudo para o ser humano e uma contenção aos desejos de expressar termos imorais, ou brigar, ou humilhar alguém.  Além disso, se alguém o agredir, não deve retaliar, mas dizer: "Estou jejuando", querendo lembrar ao agressor de seu jejum, como se quisesse dizer que sentia pudor perante Allah. Esta é a forma correta que Allah cita para nós no versículo: "Quando os ignorantes lhes falam, dizem: Paz!" (25:63). Ou seja, diz para o agressor: "Eu me queixo Àquele para Quem estou jejuando." O Profeta, então, faz um juramento de que o cheiro da boca do jejuador é mais agradável do que o cheiro do almíscar. Isso irá se manifestar no dia em que, com os rostos dos incrédulos ensombrecidos, o mal cheiro de suas bocas for sentido. A felicidade dos jejuadores se manifesta, quando quebram o seu jejum, porque Allah os auxiliou no cumprimento da obrigação do jejum, e se manifestará quando encontram a seu Senhor, pelo que irão sentir, satisfazendo a sua fome e mitigando a sua sede.
Faz parte das influências do jejum o nos ensinar o cumprimento da responsabilidade. Toda a comunidade se junta ao redor de um só objetivo e uma só atividade. Ao ser entoado o Azan, na alvorada, os jejuadores se abstêm, e ao ser entoado no crepúsculo, todos quebram o seu jejum. Quão fabulosa é essa unidade e essa responsabilidade, com todos submetidos à vontade e à ordem de Allah. O jejum também nos afasta do falso testemunho e do perjúrio. Allah diz: "Aqueles que não perjurarem e, quando se depararem com as futilidades, delas se afastarem com honra" (25:72). O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse: "Quem não abandonar o falso testemunho e o perjúrio, não precisa deixar de comer e beber." O mesmo se aplica aos perjúrios com seus escritos, pois se classificam como os que o fazem com suas línguas, e serão castigados, no Dia da Ressurreição.
O jejum nos ensina, ainda, a cooperação social, pois durante o mês de Ramadan aparece a generosidade do muçulmano. Rendemos graças a Allah por presenciamos a prática de desjejum coletivas em todas as instituições islâmicas. Todos possuem o desejo de alcançarem  a satisfação de Allah. O Profeta foi o exemplo mor nesse sentido. Ibn Abbass narrou: "O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) era a pessoa mais generosa. E era mais generoso, ainda, durante o mês de Ramadan, quando Gabriel o visitava, a cada noite de Ramadan, para ensiná-lo o Alcorão. Por isso, o Profeta era considerado mais generoso do que os ventos fecundantes."
O jejum constitui purificação da alma e do espírito. Isso só será alcançado se fazermos jejum com os nossos estômagos, com os nossos órgãos e com os nossos corações. A nossa mão não deve agredir ninguém, não devemos procurar praticar aquilo que é proibido, nossas línguas não devem pronunciar o que é ilícito ou inverídico, ou o que causa corrupção entre as pessoas. Nossos olhos não devem se dirigir para o que é haram. Não devemos permitir que os nossos ouvidos escutem o que Allah proibiu. Nossos corações devem jejuar, preocupando-se apenas com a recordação de Allah e com as práticas do bem. Não devemos invejar ninguém, não devemos desejar o mal de ninguém. Quem assim se comportar será o jejuador a quem será comunicada a boa nova do Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"As cinco orações diárias, de uma sexta-feira à outra, de um Ramadan a outro, são expiações dos pecados cometidos entre eles, se evitarmos os pecados capitais."
Pedimos a Allah que nos considere deles, e Ele tem poder para isso.

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