quarta-feira, 26 de março de 2014

Por que as Mulheres Britânicas Estão Se Voltando para o Islã



A Propagação de um Credo Mundial


Lucy Berrington constata que a crença muçulmana está conquistando admiradores ocidentais apesar da cobertura hostil da mídia.

Um número sem precedentes de britânicos, quase todos mulheres, estão se convertendo ao Islã em uma época de profundas divisões dentro das igrejas Católica e Anglicana.
A taxa de conversões motivou previsões de que o Islã se tornará rapidamente uma força religiosa importante nesse país.  “Dentro dos próximos 20 anos o número de convertidos britânicos igualará ou superará a comunidade muçulmana imigrante que trouxe a fé para cá”, diz Rose Kendrick, uma professora de educação religiosa e autora de um manual sobre o Alcorão.  Ela diz: “O Islã é uma fé mundial tanto quanto o catolicismo romano.  Nenhuma nacionalidade a reivindica.”  O Islã também está se expandindo rapidamente no continente e na América.
O aumento das conversões ao Islã está acontecendo apesar da imagem negativa da fé na imprensa ocidental.  De fato, o ritmo das conversões tem acelerado desde a publicidade sobre a questão de Salman Rushdie, a guerra do Golfo e o sofrimento dos muçulmanos na Bósnia.  É até mais irônico que a maioria dos convertidos britânicos sejam mulheres, dada a opinião bem propagada no ocidente de que o Islã trata mal as mulheres.  Nos Estados Unidos, as mulheres convertidas superam os homens em quatro para um, e na Grã-Bretanha compõem a maioria dos convertidos estimados entre 10.000 e 20.000, fazendo parte de uma comunidade muçulmana de 1 milhão a 1,5 milhão.  Muitos dos “novos muçulmanos” britânicos são da classe média.  Eles incluem Matthew Wilkinson, um ex-representante estudantil de Eton que continuou seus estudos em Cambridge, e um filho e filha do juiz Scott, que chefia o inquérito sobre armas para o Iraque.
Uma pesquisa de pequena escala feita pela Fundação Islâmica em Leicester sugere que a maioria dos convertidos tenha entre 30 e 50 anos. Muçulmanos mais jovens destacam as muitas conversões entre estudantes e destacam o ímpeto intelectual do Islã.  “Muhammad” disse: “A luz do Islã surgirá no Ocidente” e eu acho que é o que está acontecendo em nossos dias”, diz Aliya Haeri, uma psicóloga nascida nos EUA que se converteu há 15 anos.  Ela é consultora do Zahra Trust, uma instituição de caridade que publica literatura espiritual e é um dos proeminentes porta-vozes islâmicos da Grã-Bretanha.  Ela acrescenta: “Os convertidos ocidentais estão vindo para o Islã com uma nova visão, sem todos os hábitos do Oriente, evitando muito do que é errado culturalmente.  A tradição mais pura está encontrando seu lugar no Ocidente.”
Alguns dizem que as conversões são motivadas pelo surgimento do ensino comparativo de religiões.  A mídia britânica oferece o que os muçulmanos descrevem como um mal jornalismo incansável sobre tudo que é islâmico, e isso também tem ajudado.  Ocidentais em desespero com suas próprias sociedades - crimes em alta, desagregação familiar, drogas e alcoolismo – passaram a admirar a disciplina e a segurança do Islã.  Muitos convertidos são ex-cristãos, desiludidos pela incerteza da igreja e infelizes com o conceito da Trindade e da divinização de Jesus.

Busca do Convertido – Por que Mudar?

Outros convertidos descrevem uma busca por uma identidade religiosa.  Muitos eram cristãos praticantes mas encontraram satisfação intelectual no Islã.  “Eu era um estudante de teologia e foi o argumento acadêmico que me levou à conversão.”  Rose Kendrick, uma professora de educação religiosa e autora de livro, disse que ela tinha objeções ao conceito de pecado original: “No Islã, os pecados dos pais não são punidos nos filhos.  A idéia de que Deus nem sempre perdoa é uma blasfêmia para os muçulmanos.
Maimuna, 39 anos, foi educada como anglo-católica e fez a confirmação aos 15 anos, no ápice de sua devoção religiosa.  “Eu fui admitida através do ritual da Alta Igreja e pensei em adotar o véu.”  Sua crise veio quando uma oração não foi atendida.  Ela deu as costas aos vigários visitantes mas viajou para conventos para discussões com freiras.  “A minha crença ficou mais forte, mas não pela Igreja, a instituição ou o dogma.”  Ela pesquisou todas as denominações cristãs, além do Judaísmo, Budismo e a Consciência de Krishna, antes de se voltar para o Islã.
Muitos convertidos vindos do Cristianismo rejeitam a hierarquia eclesiástica enfatizando a relação direta dos muçulmanos com Deus.  Eles se ressentem da falta de liderança na Igreja da Inglaterra e desconfiam de sua aparente flexibilidade.  “Os muçulmanos não vivem mudando seus objetivos,” diz Huda Khattab, 28 anos, autora do livro The Muslim Woman’s Handbook (O Manual da Muçulmana, em tradução livre), publicado esse ano pela Ta-Ha.   Ela se converteu há dez anos enquanto estudava árabe na universidade.  “O Cristianismo muda, como quando alguns disseram que sexo antes do casamento é permitido se for com a pessoa com quem você vai se casar.  Parece tão indefinido.  O Islã foi constante sobre sexo, sobre orar cinco vezes ao dia.  A oração faz com que você seja consciente de Deus o tempo todo.  Você está sempre em contato com a base.

Fonte: The Times – Terça-feira, 9 de Novembro de 1993

Como Eu Passei a Amar o Véu



Eu costumava ver as mulheres que usavam véu como criaturas quietas e oprimidas – até que eu fui capturada pelo Talibã.  Em setembro de 2001, apenas 15 dias depois dos ataques terroristas nos Estados Unidos, eu entrei furtivamente no Afeganistão, vestida com uma burca azul, pretendendo escrever um relato jornalístico da vida sob o regime repressivo.  Ao invés disso fui descoberta, presa e detida por 10 dias.  Eu cuspi e praguejei contra meus captores; eles me chamaram de mulher “má” mas me deixaram ir após eu prometer ler o Alcorão e estudar o Islã.  (Francamente, eu não sei ao certo quem estava mais feliz com a minha libertação - eles ou eu.) De volta ao lar em Londres, eu mantive a minha palavra sobre estudar o Islã - e estava admirada com o que havia descoberto.  Eu esperava capítulos do Alcorão sobre como bater em sua esposa e oprimir suas filhas; ao invés disso, encontrei passagens promovendo a liberação das mulheres.  Dois anos e meio após a minha captura eu me converti ao Islã, provocando uma mistura de perplexidade, decepção e encorajamento entre amigos e parentes.
Agora, com desgosto e tristeza eu assisto aqui na Grã-Bretanha o ex-secretário do Exterior Jack Straw[1] descrever o niqab islâmico – o véu que cobre a face e revela apenas os olhos – como uma barreira indesejável à integração, com o Primeiro-Ministro Tony Blair, o escritor Salman Rushdie e o Primeiro-Ministro italiano Romano Prodi correndo em sua defesa.  Tendo estado em ambos os lados do véu, eu posso dizer que a maioria dos políticos e jornalistas ocidentais que lamentam a opressão das mulheres no mundo islâmico não têm idéia do que estão falando.  Eles falam de véus, noivas-crianças, circuncisão feminina, crimes de honra e casamentos forçados, e erradamente culpam o Islã por tudo isso - sua arrogância superada apenas por sua ignorância.  Essas questões e costumes culturais não têm nada a ver com o Islã.  Uma leitura cuidadosa do Alcorão mostra que tudo pelo qual as feministas lutaram nos anos 70 estava disponível para as muçulmanas há 1.400 anos.  As mulheres no Islã são consideradas iguais aos homens em espiritualidade, educação e valor, e o dom de uma mulher para ter filhos e educá-los é considerado um atributo positivo.  Quando o Islã oferece tanto às mulheres, por que os homens ocidentais são tão obcecados com a vestimenta das muçulmanas?  Até os ministros do governo britânico Gordon Brown e John Reid fizeram observações disparatadas sobre o niqab – e eles nasceram ao longo da fronteira escocesa, onde homens usam saias.
Quando eu me converti ao Islã e comecei a usar um lenço na cabeça, as repercussões foram enormes.  Tudo que fiz foi cobrir minha cabeça e cabelo – mas instantaneamente me tornei uma cidadã de segunda classe.  Eu sabia que teria que lidar com islamofobia, mas não esperava tanta hostilidade aberta de estranhos.  Táxis passavam por mim à noite, com suas luzes brilhando, indicando que estavam livres.  Um taxista, depois de deixar um passageiro branco bem na minha frente, me encarou quando eu bati em sua janela, e foi embora.  Um outro disse, “Não deixe uma bomba no banco de trás” e perguntou, “Onde é o esconderijo de bin Laden?”  Sim, é uma obrigação religiosa para muçulmanas vestirem-se modestamente, mas a maioria das muçulmanas que conheço gosta de usar o hijab, que deixa o rosto descoberto, embora umas poucas prefiram o niqab.  É uma declaração pessoal: minha vestimenta lhe diz que sou muçulmana e espero ser tratada de maneira respeitosa, tanto quanto um banqueiro de Wall Street diria que um terno o define como um executivo a ser levado a sério.  E, especialmente entre convertidas à crença como eu, a atenção de homens que confrontam mulheres com comportamento inapropriado e malicioso não é tolerada.
Eu fui uma feminista ocidental por muitos anos, mas eu descobri que as feministas muçulmanas são mais radicais do que suas equivalentes seculares.  Nós odiamos aqueles concursos de beleza e tentamos parar de rir em 2003 quando juízes da competição Miss Terra louvaram a emergência de uma Miss Afeganistão usando biquíni, Vida Samadzai, como um gigantesco salto para a liberação das mulheres.  Eles até concederam à Samadzai um prêmio especial por “representar a vitória dos direitos das mulheres.”  Algumas jovens feministas muçulmanas consideram o hijab e o niqab símbolos políticos, também, uma forma de rejeitar os excessos do ocidente como bebedeira, sexo casual e uso de drogas.  O que é mais liberador:  ser julgada pelo comprimento de sua saia e o tamanho de seus seios aumentados cirurgicamente, ou por seu caráter e inteligência?  No Islã, a superioridade é alcançada através da piedade – não beleza, poder, posição ou sexo.
Eu não sabia se gritava ou ria quando Prodi, da Itália, se uniu ao debate da semana passada ao declarar que é “bom senso” não usar o niqab porque ele torna relações sociais “mais difíceis.”  Bobagem.  Se fosse esse o caso, então por que celulares, linhas fixas, e-mail, mensagens de texto e faxes fazem parte da rotina diária?  E ninguém desliga o rádio porque não pode ver o rosto do apresentador.  Sob o Islã, eu sou respeitada.  Ele me diz que eu tenho direito à educação e que é meu dever buscar conhecimento, independentemente de ser solteira ou casada.  Em nenhum lugar na estrutura do Islã é dito que as mulheres devem lavar, limpar ou cozinhar para os homens.  Quanto aos muçulmanos terem permissão para bater em suas esposas – simplesmente não é verdade.  Os críticos do Islã cotarão versículos corânicos ou hadiths aleatórios, mas usualmente fora de contexto.  Se um homem levanta um dedo contra sua esposa, ele não pode deixar uma marca no corpo dela, o que é a forma do Alcorão dizer, “Não bata em sua esposa, estúpido.”  Não são apenas os homens muçulmanos que devem reavaliar o lugar e tratamento de mulheres.  De acordo com uma pesquisa recente da Linha Direta Nacional para Violência Doméstica, 4 milhões de mulheres americanas experimentam uma agressão grave de um parceiro durante um período médio de 12 meses.  Mais de três mulheres são mortas por seus maridos e namorados todos os dias – aproximadamente 5.500 desde 11 de setembro.
Homens violentos não vêm de uma categoria religiosa ou cultural em particular; uma em cada três mulheres em todo o mundo foi espancada, coagida a fazer sexo ou abusada de outra forma durante sua vida, de acordo com a pesquisa.  Esse é um problema global que transcende religião, riqueza, classe, raça e cultura.  Mas também é verdade que no ocidente os homens continuam a acreditar que são superiores às mulheres, apesar dos protestos em contrário.  Eles continuam a receber melhor pagamento por trabalho igual – seja no setor de correspondências ou na sala de reuniões da diretoria – e as mulheres continuam a ser tratadas como commodities sexualizados cujo poder e influência fluem diretamente de sua aparência.   E para aqueles que continuam tentando alegar que o Islã oprime as mulheres, lembrem-se da declaração de 1992 do Reverendo Pat Robertson, apresentando suas opiniões sobre mulheres poderosas: o feminismo é um “movimento político, socialista, contra a família, que encoraja mulheres a deixarem seus maridos, matarem seus filhos, praticarem bruxaria, destruírem o capitalismo e se tornarem lésbicas.”  Agora me diga quem é civilizado e quem não é.
(Yvonne Ridley é editora política do Islam Channel TV em Londres e co-autora de “In The Hands of the Taliban: Her Extraordinary Story” (“Nas Mãos do Talibã: Sua História Extraordinária”, em tradução livre).

Um Vislumbre da Espanha Muçulmana




Quando se pensa na cultura européia uma das primeiras coisas que podem vir à mente é a renascença.  Muitas das raízes da cultura européia podem ser traçadas a partir daquele tempo glorioso de arte, ciência, comércio e arquitetura.  Mas você sabia que muito antes da renascença havia um lugar de beleza humanística na Espanha muçulmana?  Não somente era artística, científica e comercial, ma também exibia tolerância, imaginação e poesia incríveis.  Os muçulmanos habitaram a Espanha por quase 700 anos.  Como você poderá ver, foi sua civilização que iluminou a Europa e a tirou da idade das trevas para introduzi-la na renascença.  Muitas das suas influências culturais e intelectuais continuam vivas conosco hoje.
Muito tempo atrás, durante o século oito, a Europa continuava imersa no período medieval.  Essa não era a única coisa na qual estava imersa.  Em seu livro, “The Day The Universe Changed” (O Dia que o Universo Mudou, em tradução livre), o historiador James Burke descreve como típicos cidadãos europeus viviam:
“Os habitantes lançavam todo seu esgoto em valas no centro das ruas estreitas”. O fedor devia ser insuportável, embora aparentemente tenha passado virtualmente despercebido. Misturados com excremento e urina estavam juncos e palhas encharcados, usados para cobrir os chãos de terra. (p. 32)
Essa sociedade esquálida era organizada sob um sistema feudal e pouco lembrava uma economia comercial.  Junto com outras restrições, a Igreja Católica proibia o empréstimo de dinheiro – o que não ajudava muito a impulsionar as coisas.  “O antissemitismo, antes raro, começou a crescer. O empréstimo de dinheiro, que era proibido pela Igreja, era permitido sob a Lei Judaica.” (Burke, 1985, p. 32). Os judeus trabalharam para desenvolver uma moeda, embora fossem muito perseguidos por isso.  A Europa medieval era uma região miserável, na qual imperavam o analfabetismo, superstição, barbarismo e imundície.
Durante esse mesmo período os muçulmanos entraram na Europa pelo sul.  Abd al-Rahman I, um sobrevivente de uma família de califas do império muçulmano, alcançou a Espanha em meados dos anos 700.  Tornou-se o primeiro califa de Al-Andalus, a parte muçulmana da Espanha, que ocupou a maior parte da Península Ibérica.  Ele também estabeleceu a Dinastia Omíada que governou Al-Andalus por mais de trezentos anos.  (Grolier, History of Spain (História da Espanha)).  Al-Andalus significa “a terra dos vândalos”, a partir do qual vem o nome moderno Andaluzia.
A princípio a terra se parecia com o resto da Europa em toda sua miséria.  Mas dentro de duzentos anos os muçulmanos tinham transformado Al-Andalus em um bastião de cultura, comércio e beleza.
“Sistemas de irrigação importados da Síria e Muslimia transformaram as planícies secas... em uma cornucópia agrícola. Azeitonas e trigo sempre cresceram lá. Os muçulmanos acrescentaram romãs, laranjas, limões, berinjelas, alcachofras, cominho, coentro, bananas, amêndoas, henna, isatis, garança, açafrão, cana de açúcar, algodão, arroz, figos, uvas, pêssegos e abricós.” (Burke, 1985, p. 37).
Por volta do início do século nove, a Espanha muçulmana era a gema da Europa com sua capital, Córdoba.  Com o estabelecimento de Abd al-Rahman III – “o grande califa de Córdoba” – veio a era dourada de Al-Andalus.  Córdoba, ao sul da Espanha, era o centro intelectual da Europa.
Em uma época em que Londres era uma pequena aldeia lamacenta que “não podia ostentar uma simples lâmpada de rua” (Digest, 1973, p. 622), em Córdoba ...
“… existia meio milhão de habitantes, vivendo em 113.000 casas. Havia 700 mesquitas e 300 banhos públicos espalhados pela cidade e seus vinte e um subúrbios. As ruas eram pavimentadas e iluminadas.” (Burke, 1985, p. 38)
“As casas tinham balcões de mármore para o verão e dutos de ar quente sob pisos de mosaico para o inverno. Eram adornadas com jardins com fontes artificiais e pomares.” (Digest, 1973, p. 622). “O papel, um material ainda desconhecido para o ocidente, estava em toda parte. Havia livrarias e mais de setenta bibliotecas.” (Burke, 1985, p. 38).
Em seu livro intitulado “Spain In The Modern World” (Espanha no Mundo Moderno, em tradução livre), James Cleuge explica o significado de Córdoba na Europa medieval:
“Não havia nada semelhante, naquela época, no resto da Europa. As melhores mentes naquele continente olhavam para a Espanha para tudo que mais claramente diferencia um ser humano de um tigre.” (Cleuge, 1953, p. 70)
Durante o fim do primeiro milênio, Córdoba era a fonte intelectual na qual a humanidade européia vinha beber.  Estudantes da França e Inglaterra viajavam para se sentar aos pés de eruditos muçulmanos, cristãos e judeus, para aprender filosofia, ciência e medicina (Digest, 1973, p. 622).  Só na grande biblioteca de Córdoba havia em torno de 600.000 manuscritos (Burke, 1978, p. 122).
Essa sociedade rica e sofisticada adotava uma visão tolerante em relação as outras crenças.  Não se ouvia sobre tolerância no resto da Europa.  Mas na Espanha muçulmana, “milhares de judeus e cristãos viviam em paz e harmonia com seus governantes muçulmanos.” (Burke, 1985, p. 38)
Infelizmente, esse período de prosperidade intelectual e econômica começou a declinar.  Afastando-se do governo pela lei, começaram a haver disputas internas na estrutura de poder muçulmana.  A harmonia muçulmana começou a se fracionar em facções rivais.  Finalmente, os califas foram eliminados e Córdoba caiu para outras forças muçulmanas.  “Em 1013 a grande biblioteca de Córdoba foi destruída. Leais às suas tradições islâmicas, entretanto, os novos governantes permitiram que os livros fossem dispersos, junto com eruditos cordobeses para as capitais de pequenos emirados.” (Burke, 1985, p. 40). As propriedades intelectuais da antes grande Al-Andalus foram divididas entre pequenas cidades.
... os cristãos ao norte estavam fazendo justamente o oposto.  No norte da Espanha os vários reinos cristãos se uniram para expulsar os muçulmanos do continente europeu.  (Grolier, History of Spain). Isso preparou o cenário para o ato final do período medieval.
Em outro trabalho de James Burke intitulado “Connections” (Conexões), ele descreve como os muçulmanos tiraram a Europa da Idade das Trevas.  “Mas o evento que deve ter feito mais pelo renascimento intelectual e científico da Europa foi a queda de Toledo na Espanha para os cristãos, em 1105.” Em Toledo os muçulmanos tinham bibliotecas enormes contendo os trabalhos perdidos (para a Europa cristã) dos gregos e romanos, junto com filosofia e matemática muçulmanas.  “As bibliotecas espanholas foram abertas, revelando um estoque de trabalhos clássicos e muçulmanos que estontearam os europeus cristãos.” (Burke, 1978, p. 123)
A pilhagem intelectual de Toledo trouxe os eruditos do norte da Europa como mariposas para uma vela.  Os cristãos estabelecerem um enorme programa de tradução em Toledo.  Usando os judeus como intérpretes, traduziram os livros muçulmanos para o latim.  Esses livros incluíam “a maioria dos principais trabalhos da ciência e filosofia grega...  junto com muitos trabalhos muçulmanos de erudição originais.” (Digest, p. 622)
“A comunidade intelectual que os eruditos do norte encontraram na Espanha era tão superior ao que tinham em casa que deixou uma inveja permanente da cultura muçulmana, que influenciaria as opiniões ocidentais por séculos” (Burke, 1985, p. 41).
“Os assuntos cobertos pelos textos incluíam medicina, astrologia, astronomia, farmacologia, psicologia, fisiologia, zoologia, biologia, botânica, mineralogia, ótica, química, física, matemática, álgebra, geometria, trigonometria, música, meteorologia, geografia, mecânica, hidrostática, navegação e história.” (Burke, 1985, p. 42)
Somente esses trabalhos, entretanto, não acenderam o fogo que levaria à renascença.  Acrescentaram ao conhecimento europeu, mas boa parte deles não era apreciada sem uma mudança na forma como os europeus viam o mundo.
Lembre-se, a Europa medieval era supersticiosa e irracional.  “O que provocou a explosão intelectual, entretanto, foi a filosofia que veio com os livros.” (Burke, 1985, p. 42)
Os cristãos continuaram a reconquistar a Espanha, deixando morte e destruição em seu caminho.  Os livros foram poupados, mas a cultura moura foi destruída e sua civilização desintegrada.  Ironicamente, não foi apenas a força dos cristãos que derrotou os muçulmanos, mas a desarmonia entre as próprias fileiras dos muçulmanos.  Como Grécia e Roma que os precederam, os muçulmanos de Al-Andalus entraram em decadência moral e se desviaram do intelecto que os tinham tornado grandes.
As traduções continuavam a medida que cada refúgio muçulmano caía para os cristãos.  Em 1492, o mesmo ano que Colombo descobriu o Novo Mundo, Granada, o último enclave muçulmano, foi tomada.  Os captores do conhecimento não foram os mantenedores de sua sabedoria.  Lamentavelmente, todos os judeus e muçulmanos que não abandonaram suas crenças foram mortos ou exilados (Grolier, History of Spain).  Assim terminou uma época de tolerância e tudo que restou dos muçulmanos foram seus livros.
É fascinante perceber o quanto a Europa aprendeu dos textos muçulmanos e ainda mais ver o quanto aquele conhecimento tem resistido.  Por causa da avalanche de conhecimento, começaram a aparecer as primeiras universidades.  Títulos universitários foram desenvolvidos (Burke, 1985, p. 48).  Diretamente dos muçulmanos vieram os números que usamos hoje.  Até o conceito de zero (uma palavra muçulmana) veio das traduções (Castillo & Bond, 1987, p. 27).  Também é justo dizer que os conceitos de renascença arquitetônica vieram das bibliotecas muçulmanas.  A matemática e arquitetura explicadas nos textos muçulmanos, junto com trabalhos muçulmanos em ótica, levaram às pinturas em perspectiva do período renascentista (Burke, 1985 p. 72).  Os primeiros advogados começaram sua atividade usando o conhecimento recém-traduzido como orientação.  Até os utensílios de comida que usamos hoje vêm da cozinha de Córdoba! (Burke, 1985 p. 44). Todos esses exemplos mostram apenas algumas das maneiras que os muçulmanos transformaram a Europa.

A História de Uma Família Brasileira Muçulmana





Crédito: Islamboy

terça-feira, 25 de março de 2014

Apenas para Allah


Havia um homem piedoso entre os Banu Israel, que sempre se manteve ocupado na adoração de Allah . Um grupo de pessoas veio até ele e disse-lhe que uma tribo que vive nas proximidades adorava uma árvore. A notícia perturbou-o, e com um machado em seu ombro, ele foi para cortar a árvore.
No caminho, Satanás apareceu-lhe na forma de um homem velho e perguntou onde ele estava indo. Ele disse que estava indo para cortar uma árvore particular. Satanás disse: "Você não tem nada para se preocupar com esta árvore, é melhor você cuidar da sua adoração e não abandoná-lo por causa de algo que não lhe diz respeito." "Esta é também adoração", retrucou o adorador. Em seguida, satanás tentou impedi-lo de cortar a árvore, e seguiu-se uma luta entre os dois, em que o adorador dominou a Satanás.
Encontrando-se completamente impotente, Satanás pediu para ser solto, e quando o adorador soltou-o, novamente ele disse: "Deus não fez o corte desta árvore obrigatória em você. Você não perde nada se você não cortá-la. Se o seu corte fosse necessário, Allah poderia ter feito através de um de seus muitos Profetas. "O adorador insistiu em cortar a árvore. Houve novamente uma luta entre os dois e mais uma vez o adorador dominou a Satanás.
"Bom ouvir", disse Satanás, "Proponho um acordo que vai ser a sua vantagem." O adorador concordou, e Satanás disse: "Você é um homem pobre, um mero fardo nesta terra. Se você ficar longe deste ato, vou pagar-lhe três moedas de ouro todos os dias. Você vai encontrá-los diariamente debaixo do travesseiro. Por esse dinheiro você pode cumprir suas próprias necessidades, pode ajudar o seu parente, ajudar os necessitados, e fazer tantas outras coisas virtuosas. Cortar a árvore vai ser apenas uma virtude, o que acabará por ser de nenhum uso, porque o povo vai adorar outra árvore. "
Esta proposta recorreu ao adorador, e ele aceitou. Ele encontrou o dinheiro em dois dias sucessivos, mas no terceiro dia não havia nada. Ele ficou furioso, pegou o machado e foi para cortar a árvore. Satanás como um homem velho novamente o encontrou no caminho e perguntou onde ele estava indo. "Para cortar a árvore", gritou o adorador. "Eu não vou deixar você fazer isso", disse Satanás. A luta ocorreu entre os dois novamente, mas desta vez Satanás teve a mão superior e dominou o adorador.
O último foi surpreendido em sua própria derrota, e pediu uma explicação para a causa do seu sucesso. Satanás respondeu: "Em primeiro lugar, sua raiva era puramente para ganhar o prazer de Deus e, portanto, Deus Todo Poderoso lhe ajudou a me dominar, mas agora ele tem sido em parte por causa do ouro, moedas, portanto, foi por isso que você perdeu. " 

A Idade da esposa do Profeta (S. A. W. S.) Aisha em casamento


Diz-se que Aisha رضي الله عنها tinha seis anos quando seu casamento foi realizado com o Profeta Muhammad em Meca, e nove anos de idade, quando ela se mudou para morar com o marido em Madina após Hijra. 

Esta peça de desinformação levou à visão errada de que o casamento criança tem a sanção do Islã. Deve-se notar que institui a autenticidade dos hadiths, as circunstâncias dos narradores e as condições em que o tempo tem que ser correlacionados com fatos históricos. Há apenas um hadith por Hisham que sugere a idade de Aisha رضي الله عنها como sendo nove anos quando ela veio morar com o marido. 

Muitas hadiths autênticos mostram também que a narração de Hisham é incompatível com vários fatos históricos sobre a vida do Profeta, em que há consenso. Com referência a estudiosos como Umar Ahmed Usmani, Hakim Niaz Ahmed e Habibur Rehman Kandhulvi, eu gostaria de apresentar alguns argumentos em favor do fato de que Aisha رضي الله عنها foi pelo menos 18 anos de idade, quando seu casamento foi realizado e pelo menos 21 quando ela se mudou para a casa do profeta para morar com ele. 

De acordo com Omar Ahmed Usmani, na Sura Al-Nisa, diz-se que o guardião dos órfãos deve manter testá-las, até que atinjam a idade de casamento, antes de retornar a sua propriedade ( Alcorão 04:06 ). A partir deste estudiosos concluíram que o Alcorão define a idade mínima de casamento, que é pelo menos a puberdade. Desde a aprovação da menina tem uma posição legal, ela não pode ser menor de idade. 

Hisham bin Urwah é o principal narrador deste hadith. Sua vida é dividida em dois períodos: em 131 AH o período Madani encerrados, eo período do Iraque começou, quando Hisham foi de 71 anos de idade. Hafiz Zehbi falou sobre a perda do Hisham de memória em seu período mais tarde. Seus alunos em Madina, Imam Malik e Imam Abu Hanifa, não mencione este hadith. Imam Malik eo povo de Madina criticou-o por seus hadiths iraquianos. 

Todos os narradores deste hadith são os iraquianos que haviam ouvido de Hisham. Allama Kandhulvi diz que as palavras ditas em conexão com Aisha do رضي الله عنها idade foram tissa Ashara, ou seja, 19, quando apenas Hisham ouvido (ou lembrado), Tissa, ou seja, nove. Maulana Usmani pensa que esta mudança foi proposital e maliciosamente feito mais tarde. 

O historiador Ibn Ishaq em sua Sirat Rasul Allah deu uma lista de pessoas que aceitaram o Islã, no primeiro ano da proclamação do Islã, no qual رضي الله عنها nome de Aisha é mencionado como de Abu Bakr "filhinha Aisha". Se aceitarmos os cálculos de Hisham, ela não era nem nascido naquela época. 

Algum tempo após a morte da primeira esposa do Profeta, Khadija رضي الله عنها, Khawla sugeriu ao Profeta que ele se casar novamente, a um bikrun, referindo-se Aisha رضي الله عنها (Musnad Ahmed). Em bikrun árabe é usado para uma moça solteira que cruzou a idade da puberdade e é em idade de casar. A palavra não pode ser usado para uma menina de seis anos de idade.


Alguns estudiosos pensam que Aisha رضي الله عنها foi casada tão cedo porque na Arábia meninas amadurecem em uma idade precoce. Mas este não era um costume comum dos árabes naquela época. De acordo com Rehman Kandhulvi, não há nenhum caso registrado antes ou depois de o Islã. Nem sempre isso foi promovido como uma Sunnah do Profeta. O Profeta casar suas filhas Fátima a 21 e Ruquiyya a 23. Além disso, Abu Bakr رضي الله عن, o pai de Aisha, casar sua filha mais velha Asma na idade de 26. 

Aisha رضي الله عنها narra que ela estava presente no campo de batalha na batalha de Badar (Muslim). Isso nos leva a concluir que Aisha رضي الله عنها mudou para a casa do Profeta em um AH Mas uma criança de nove anos de idade, não poderia ter sido tomada em uma missão militar áspero e arriscado. 

Em 2 AH, o Profeta se recusou a tomar os meninos de menos de 15 anos de idade para a batalha de Uhud.Ele teria permitido uma menina de 10 anos de idade, para acompanhá-lo? Mas Anas relatou que viu Aisha e Umme Sulaim levando cabras cheios de água e servi-lo aos soldados (Bukhari). Umme Sulaim e Umme Ammara, as outras mulheres presentes em Uhud, eram ao mesmo tempo forte, mulheres maduras cujas funções eram a elevação dos mortos e feridos, tratar as suas feridas, transportando água em peles de cabra pesados, fornecendo munição e até mesmo assumir a espada. 

Aisha رضي الله عنها usou o kunniat, o título derivado do nome de uma criança, de Umme Abdullah depois de seu sobrinho e filho adotivo. Se ela tinha seis anos quando seu casamento foi realizado, ela teria sido apenas oito anos mais velho, quase tornando-o elegível para adoção. Além disso, a menina não poderia ter desistido de ter o seu próprio filho e usou o nome de uma criança adotada por ela kunniat. 

O sobrinho de Aisha الله عنها رضي  Urwah uma vez disse que ele não estava surpreso com sua incrível conhecimento da lei islâmica, a poesia ea história, porque ela era a esposa do Profeta ea filha de Abu Bakr رضي الله عن. Se ela tinha oito anos quando o seu pai emigrou, quando ela aprendeu a poesia ea história dele? 


Há consenso de que Aisha رضي الله عنها era 10 anos mais jovem do que sua irmã mais velha Asma, cuja idade na data da Hégira, ou migração para Madina, foi de cerca de 28. Pode-se concluir que Aisha رضي الله عنها era cerca de 18 anos de idade na migração. Em seu movimento para a casa do Profeta, ela era uma jovem aos 21 anos. Hisham é o único narrador do hadith cuja autenticidade é contestada, pois não se correlaciona com os muitos fatos históricos da época.

sexta-feira, 7 de março de 2014

A Generosidade



Como humanos, temos um sentido inato de moralidade. Não importa a religião, raça ou cor, certas qualidades servem como padrão moral. Admiramos a justiça, bravura, honestidade e compaixão. Abominamos aqueles que demonstram traição, crueldade ou corrupção. Padrões morais são universais, e um dos aspectos mais importantes do Islã é a aderência a altos padrões morais e boas maneiras. O Profeta Muhammad, que Deus o louve, ensinou os muçulmanos a terem as melhores maneiras e características pessoais. Os altos padrões de moral e maneiras do Profeta fizeram dele o melhor exemplo a ser seguido pelos muçulmanos. Deus disse no Alcorão:

“E de fato, Ó Muhammad, és de nobilíssimo caráter.” (Alcorão 68:4)

A generosidade estava entre as incontáveis boas qualidades do Profeta Muhammad. Ele era a mais generosa das pessoas e costumava ser mais generoso no Ramadãn.[1. 
Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim. O mês islâmico no qual os muçulmanos jejuam, um dos cinco pilares do Islam.]

Um dia o Profeta Muhammad ofereceu a oração na mesquita e de forma apressada foi para sua casa e retornou imediatamente. Um companheiro perguntou por que ele saiu e ele respondeu:

“Deixei um pedaço de ouro em casa que foi dado para caridade e não queria deixá-lo em minha casa por uma noite. Então o comprei para a mesquita distribuí-lo." (Saheeh Al-Bukhari)

Nossos bens mundanos são dádivas de Deus, que é Al Karim, o Mais Generoso. Os muçulmanos acreditam que tudo se origina de Deus e tudo retornará para Ele, e sendo assim, é lógico se comportar como se tudo que possuímos seja meramente um empréstimo, algo que somos obrigados a preservar, proteger e, finalmente, compartilhar.

Toda vez que o Profeta Muhammad encontrava uma pessoa avarenta, a aconselhava a ser mais generosa e caritativa. Ibn Abbas disse que ouviu o Profeta Muhammad dizer: “O crente não é aquele que come quando seu vizinho está com fome”. Outro companheiro ouviu o Profeta dizer: “O crente é simples e generoso, mas a pessoa má é enganadora e ignóbil.”

Definição de Generosidade
O Word net da Universidade de Princeton define generosidade como a disposição de doar livremente. O Islã encoraja tanto esse conceito de generosidade que ele está embutido em um dos cinco pilares do Islã, a caridade obrigatória conhecida como Zakat. Em árabe o termo zakat significa literalmente purificação do coração. Entretanto, também é o pagamento, do dinheiro excedente, de uma caridade obrigatória concebida por Deus para prover todos os membros necessitados da comunidade. É uma quantia fixa calculada.

Também existe outra forma de generosidade no Islã chamada sádaca. Linguisticamente sádaca significa veracidade, e alguns eruditos a descreveram como o coração que é verdadeiro com o seu Criador. Qualquer coisa dada de forma generosa – livremente a outros – com a intenção de agradar a Deus é sádaca. Sádaca pode ser tão simples quanto um sorriso, ajudar uma pessoa idosa com suas compras ou remover objetos da estrada ou caminho.

A generosidade pode ser vista como um sábio investimento no futuro. A generosidade ou sádaca pode pavimentar o caminho para o Paraíso, porque com cada ato generoso vem grande recompensa de Deus. Entretanto, ser generoso não significa apenas doar livremente do que você tem em abundância. A generosidade não reside em distribuir algo que não é mais útil, mas em doar livremente das coisas que amamos ou precisamos.

Aisha (a esposa do Profeta) disse: “Uma senhora, junto com suas duas filhas veio me pedir esmola, mas ela não me encontrou com nada exceto uma tâmara que dei a ela e ela dividiu entre suas duas filhas.” (Saheeh Al-Bukhari)

Deus nos diz no Alcorão que o quer que distribuamos generosamente, com a intenção de agradá-Lo, Ele substituirá. Deus sabe o que está nos corações dos homens.

Dize: “De fato meu Senhor aumenta a provisão de quem Ele deseja entre Seus servos (e também a restringe) e o que quer que despendas na causa de Deus, Ele substituirá. E Ele é o melhor dos provedores.” (Alcorão 34:39)

O Valor da Generosidade
Os companheiros do Profeta Muhammad compreenderam o valor de ser generoso. Abdullah ibn Omar foi visto no mercado comprando forragem para seu camelo a crédito. Um dos homens indagou sobre isso por saber que Abdullah tinha recebido 4.000 dirhams e um cobertor no dia anterior. Foi explicado que antes da noite cair Abdullah tinha distribuído o dinheiro entre os necessitados. Então ele pegou o cobertor, jogou-o sobre seu ombro e foi para casa, mas quando chegou também já não tinha mais o cobertor porque o tinha dado para uma pessoa necessitada.

Depois da morte do Profeta as pessoas enfrentaram grandes dificuldades devido à seca. Foram até Abu Bakr pedir para que ele as provesse com o suficiente para seu sustento, mas ele foi incapaz de ajudar, já que o tesouro estava vazio. Justo naquele momento a caravana de camelo pertencente a Uthman chegou de Damasco. Estava cheia de gêneros alimentícios e outros bens. Os mercadores se reuniram na casa de Uthman oferecendo a ele grandes quantias em dinheiro pelos bens; entretanto, ele recusou dizendo que estava preparado para dar os bens apenas para Aquele de quem receberia a maior das recompensas. Uthman deu todos os bens para as pessoas famintas de Medina e não cobrou nada. Ele sabia que Deus o recompensaria com algo muito maior do que dinheiro.

Mesmo nas mais difíceis circunstâncias a pessoa que é um verdadeiro crente em Deus Todo-Poderoso é capaz de ser generosa.

As pessoas foram ao Profeta e perguntaram: “Se alguém não tem nada para dar, o que pode fazer?” Ele disse: “Deve trabalhar com suas mãos e se beneficiar e também dar em caridade (do que ganhar).” As pessoas continuaram e perguntaram: “Se não puder fazer nem isso?” Ele respondeu: “Deve ajudar os necessitados que pedem ajuda.” Então as pessoas perguntaram: “E se não puder fazer isso?” Ele respondeu: “Então deve fazer boas ações e se afastar de maus atos, e isso contará como atos de caridade.” (Saheeh Al-Bukhari)

E Deus diz no Alcorão que Ele recompensará a generosidade de um crente.

“Sabei que toda caridade que fizerdes vos será recompensada com vantagem, e não sereis injustiçados.” (Alcorão 2:272)

Deus é Quem nos provê e Ele espera que compartilhemos de forma generosa. Somos encorajados a ser benevolentes e altruístas com nossos bens, com nosso tempo e com nosso comportamento exemplar em relação aos outros.

Por Aisha Stacey (© 2009 IslamReligion.com)

Segunda Conferencia Mundial Islâmica

Conferencia Islamica
Conferencia realizada pela Liga Mundial Islâmica

Entre os dias 02/03 à 04/03 de 2014 foi realizado na cidade de Makkah na Arábia Saudita a Segunda Conferencia Mundial Islâmica, com o tema: "O Mundo Islâmico, Problemas e Soluções”.
 
Participaram da conferencia pensadores, estudioso e lideres islâmicos vindos de várias partes do mundo, e o tema de destaque foi a importância da solidariedade islâmica.
O presidente do CDIAL - Centro de Divulgação do Islam Para América Latina o sr. Ahmad Ali Saifi foi o representante da América Latina.

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